Por
acaso, por conta de um desejo enrustido de ser uma Indiana Jones, me deparei
com esta história. Acostumada desde criança a me perder entre as figuras de uma
coleção de livros da minha mãe sobre museus, nunca mais abandonei a mania de
pesquisar (pelo Google, hoje em dia) coisas
interessantes sobre arqueologia.
Fragmento da Epopeia, traduzida por diversos especialistas.
E
desde que devorei os livros do falecido Zecharia Sitchin, fiquei obcecada com
as lendas sumérias, pois um novo mundo começou a se descortinar sob meus olhos.
Resumindo a saga, “civilizações misteriosas” é o assunto mais atraente para
esta pessoa que vos escreve.
Enfim!
A Epopeia de Gilgamesh presume uma história real, que ocorreu em tempos antiqüíssimos,
tempos equiparados aos da Gênese bíblica. Gilgamesh foi rei de Uruk, na região
que hoje conhecemos como Mesopotâmia. Foi um semideus, filho de uma deusa - Ninsun - e de
algum mortal, sacerdote de Kullab (por ter a linhagem feminina da “deusa”, então era considerado 2/3
deus).
Como
governante, foi um verdadeiro tirano (falando num português bem claro, foi um
tremendo de um fdp), que levava crianças das casas alheias (meninos e meninas,
não especifica) para saciar seu fogo inesgotável (sim, pedofilia!). Vivia
arrumando encrenca e brigando por aí, sempre procurando novos desafios ou
alguém que conseguisse vencê-lo. Gilgamesh foi um déspota entediado, porque até
então não conhecia o fracasso.
Gilgamesh, rei de Uruk
Então
alguns deuses, cansados de ouvir os lamentos do povo, resolveram dar um jeito. “Corromperam”
uma criatura muito semelhante ao ser humano (provavelmente alguma espécie
selvagem daqueles tempos, não sei), tornando-o “civilizado”. E aí colocaram o
quase-troglodita pra lutar com o Gilgamesh, para distraí-lo. E acontece algo
estranho: eles se tornam amigos, e mais que isso: no texto, fica no ar certa
insinuação de uma relação homossexual também (afinal, o Gigi era insasiável!).
Eles partem pra aventuras longe da cidade de Uruk (pra alívio de todos).
Enkidu, a criatura e Gilgamesh
Como
o nosso personagem parou de infernizar o povo de Uruk, começou a ter em mente
outras preocupações. Como era um semideus, passou a refletir sobre a
imortalidade, se ele era ou não imortal. E aí, Gilgamesh e Enkidu (a criatura)
vivem uma verdadeira aventura cheia de combates mortais para encontrar
respostas às suas dúvidas. Mas apesar de grandes feitos e vitórias, tudo acaba em tragédia.
Enkidu e Gilgamesh derrotam o "Touro do céu".
O
livro digitalizado que tenho aqui, é de tradução de Carlos Daudt de Oliveira (editora Martins Fontes), e
antes de chegar na epopeia em si, há longos capítulos contextualizando toda a
história – desde a antiga Uruk, o panteão de deuses, as escavações que levaram
a encontrar as barras de argila com essa história etc.
"Há boatos”
de que encontraram o lugar onde Gilgamesh provavelmente foi enterrado com sua
corte. Será?
Os deuses não podem ser trágicos, pois não morrem.
Parece ser beeeem interessante, tirando o fato de ter achado o semideus Gilgamesh um imbecil dá vontade de pesquisar mais lendas dessa civilização ;)
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