sexta-feira, 18 de março de 2011

Livros da minha adolescência - parte 3

Na 5ª série, a professora de Língua Portuguesa e Literatura mandou a classe ler O Cão dos Baskervilles, de Arthur Conan Doyle. Era o primeiro livro grosso, com mais de 100 páginas que um professor havia dado para aquela turminha de leitores preguiçosos de 1991.

Uma aventura do detetive Sherlock Holmes


Comprei o livro só porque era obrigatório (como todos ali) e confesso que não tive a mínima vontade de desbravar tantas páginas assim. Acho que na época nem fazia ideia de quem era Sherlock Holmes e o que ele fazia.

Li somente as 40 primeiras páginas - e olhe lá - "naquela" empolgação. Desconfio de que ainda estava com Fernando e Isabel de A marca de uma lágrima na cabeça.
Anos depois (mais de 10!) é que realmente fui ler a história do Cão dos Baskervilles e curtir; porque naquele ano eu não quis ler nenhuma página a mais, e ainda combinei com uma colega da sala (que tinha lido um pouco mais do que eu) de fazermos a prova sob consulta - uma com outra (método estudantil mais conhecido como "colar"). Detalhe: a prova seria individual.

A maior lição que tirei desse livro não foi ele em si, mas do que aprendi por causa dele. Tirei 4,0 na prova e a menina (Lídia) tirou 4,5. Conferimos as respostas com os outros alunos e fomos reclamar, porque afinal era pra termos tirado 8,5. E eis a surpresa: a professora (Rosana, não lembro sobrenome) disse que reparou que as respostas estavam iguais (além de tudo as duas tontas não sabiam colar) e resolveu dividir a nota em 2!

Claro que na época fiquei "passada" por ter tirado uma nota tão baixa (costumava ser melhor nisso!) e levar "essa" da professora, mas quando me lembro dou muita risada. Infelizmente não existem mais professores assim - hoje em dia eles tem é medo de levar uma facada do aluno!

Acho que depois disso peguei trauma de colar nas provas...

Imagino que tenha sido esta a cara da professora Rosana quando corrigiu as provas

Um comentário:

  1. hahaheaeh
    Sem dúvida que a cara dela foi essa!
    Acho que o legal de livros não é apenas a história contada dentro dele, mas a história do leitor quando entrou em contato com ele.
    Podemos fazer tantas interpretações de uma leitura que o contexto em que ele é lido acaba sendo importante.
    Muitos livros nos faz associar com situações ou pessoas e acabam nos marcando mais.
    Conhecer a história de como se conheceu outra história é bem legal! *8)

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