Livros da minha adolescência - parte 1

O livro mais marcante foi, sem dúvidas, A marca de uma lágrima de Pedro Bandeira. Quando li a obra aos 12 anos, derramei rios de lágrimas com o quarteto Isabel, Fernando, Cristiano e Rosana. E era assim a cada vez que relia. E diga-se de passagem: perdi as contas das vezes que li e reli.

Tive dois livros: o primeiro tinha o retrato de uma menina em frente a um espelho quebrado com uma lágrima no rosto, e o segundo era um desenho.

Meu primeiro livro foi igual ao da imagem acima

Este foi o segundo exemplar que adquiri,

já que o primeiro foi destruído pelo excesso de leitura

Confesso que demorei pra entender qual era o inimigo de Isabel, e já havia relido n vezes. Quem me deu uma luz foi uma menina da minha sala (5ª série) que também tinha lido e me contou. Nunca fui uma menina muito esperta... Mas enfim! Não contarei aqui para não estragar a leitura de quem porventura ainda não teve a oportunidade de saborear essa história.

Pedro Bandeira adaptou Cyrano de Bergerac (uma peça de teatro do francês Edmond Rostand) a um ambiente brasileiro e a uma faixa etária mais jovem, encantando muitas adolescentes como eu.

Só devo dizer que senti uma certa decepção quando o livro foi readaptado para ambientes mais modernos e atualizados, digamos assim. Me senti órfã de certos detalhes das primeiras edições, até porque quando eu tinha 12 anos os shoppings centers ainda não eram tão populares (aqui na minha cidade só existia um, só elite frequentava) e não faziam parte da minha realidade.

Ainda não tive a oportunidade de ler a obra original, Cyrano de Bergerac. Queria ler direto do francês, os poemas devem ser lindos. Mas ainda falta começar a estudar o idioma!

Um dia vou além das adaptações para o cinema...