Confesso que encontrei um poema muito interessante, chamado "Divina Comédia" e não tinha noção de quem era o autor.
Pesquisando pelo Senhor Google, descobri tratar-se de um poeta português do século XIX. Bom, para quem se interessar, há várias páginas sobre a vida e obra dele - Antero de Quental - pela internet (não cabe a mim copiar textos de outros sítios aqui).
Antero não fazia só poesias, mas também era engajado na política de Portugal (para ler um discurso político famoso do escritor - em Portugal - clique aqui).
Esses portuguesinhos...
Mas eis a Divina Comédia:
Erguendo os braços para o Céu distante
E apostrofando os deuses invisíveis,
Os homens clamam: - Deuses impassíveis,
A quem serve o destino triunfante,
Porque é que nos criastes?! Incessante
Corre o tempo e só gera, inextinguíveis,
Dor, pecado, ilusão, lutas horríveis,
Num turbilhão cruel e delirante...
Pois não era melhor na paz clemente
Do nada e do que ainda não existe,
Ter ficado a dormir eternamente?
"Por que é que para a dor nos evocastes?"
Mas os deuses, com voz inda mais triste,
Dizem: - Homens! porque é que nos criastes?!
Antero de Quental
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