Livro de dezembro de 2012 sendo comentado somente hoje! Um tanto atrasado pois a dinâmica vai se modificar por alguns meses devido a problemas de ordem maior da Thays. Então fiquei incumbida de ler e comentar esta história de Alan Pauls, um argentino de nome bem diferente do que costumo imaginar para latinos-americanos.
Minha edição é da editora Cosaf Naify, adquirida por minha irmã em alguma promoção virtual, provavelmente! É um livro curtíssimo, tem só 85 páginas e vem algumas imagens nas contra-capas (acho que é esse o plural!).
Não se engane com o número de páginas! Senti uma certa dificuldade - digamos assim - na leitura, pois os períodos são longuíssimos, o que levou a me "perder" em alguns momentos. Bom para exercitar concentração!
A "História do pranto" começa com a história de uma criança, um menino que tem uma visão peculiar do mundo. Talvez até nem seja tão incomum assim, já que esta é a visão do narrador, uma pessoa já adulta.
São as memórias de um guri com o dom especial de ser ouvinte, confessor das pessoas, mesmo que estranhas - também tem uma relação mui particular com o choro, o pranto.
Mas o foco da história, apesar de se passar sob as impressões de uma criança/adolescente, é político. Se passa naquela época das ditaduras no nosso continente sul-americano, com perseguições políticas, torturas e tudo que tem direito (infelizmente). Só que o desenrolar político chega aos poucos na vida do nosso personagem principal, mas tem enorme relevância ao final da história.
Também existem outras questões abordadas na obra, como costumes e comportamentos: divórcio, machismo enraizado, relações (poucas) amorosas e digamos que também um certo mito do amor materno...
Achei uma história densa, daquelas imprevisíveis.
"A felicidade é o inverossímil por excelência"
Mas gostou, no final das contas?
ResponderExcluirÉ... Não foi o livro mais empolgante que li. Enfim.
ResponderExcluirTem umas partes de reflexões que eu gostei. Vale a pena sim.
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