Um livro de autoria de Patrick Süskind, escritor alemão que foi, posteriormente, adaptado ao cinema.
Veja sinopse (disponível no endereço eletrônico da Livraria Cultura):
Em Paris, no ano de 1738, nasceu Jean Baptiste Grenouille. Filho de uma feirante, ele veio ao mundo em uma barraca de peixe na cidade mais suja e mal cheirosa do mundo ocidental no século XVII. Após a morte de sua mãe, sobrevive a doenças e pestes em diversos lares miseráveis. Contra todos os prognósticos, Grenouille acaba desenvolvendo duas características que mudariam sua vida - ao mesmo tempo em que não tinha nenhum cheiro, ele era dotado de um olfato apuradíssimo. Este último talento permite que deixe para trás a pobreza para brilhar na indústria da perfumaria. Mas Grenouille, um personagem amoral, não ambiciona a fama ou a fortuna que sua habilidade poderia lhe proporcionar, mas um poder maior sobre as pessoas, baseado na sedução dos odores sobre a alma humana. Assim, Grenouille dedica-se obsessivamente, e sem recuar diante do crime, à preparação de um perfume irresistível, que permitisse conquistar e dominar qualquer ser humano.
Antes de sonhar que a versão áudio-visual da trama sairia, já havia lido este livro há um tempo. Se não me engano, minha irmã o pegou da biblioteca da universidade e leu pequenos trechos em voz alta para mim e acabei me apaixonando - e lendo primeiro que ela (sou espírito de porco mesmo).
Capa do livro que li.
É impossível não sentir empatia pelo personagem, Grenouille! Süskind o descreve tão detalhadamente que às vezes a necessidade de ir atrás de cheiros irresistíveis passa a ser nossa. Sem falar que a descrição do cenário, digamos, é perfeita. Consegui imaginar - e sentir - os cheiros da Paris de antigamente (eca!).
Anos depois assisti ao filme e achei muito bom, sim! Só que claro, por melhor que seja, é muito difícil (missão impossível quase) retratar as peculiaridades que só um livro possui. Tive a impressão de que o filme não transmitiu toda a empatia que Grenouille me passou durante a leitura.
Capa do filme lançado no Brasil.
Abaixo, algumas cenas do áudio visual:
A fotografia do filme é impecável, não é a toa que foi premiado no evento cinematográfico European Film Awards ("Melhor Fotografia" e "Prêmio de Excelência" pela cenografia).
Mulher descascando frutas: uma cena clássica.
A "nota principal" do perfume. Engraçado que a tara de Grenouille era por ruivas.
A cena mais bonita e poética, na minha opinião, claro, não foi colocada em nenhum endereço eletrônico que comenta o filme... É a cena em que a "mocinha" foge das garras de Jean-Baptiste com o pai e seu chapéu é levado pelo vento. O pai da moça foi o único a chegar perto do principal objetivo do assassino.
Os atores não deixam a desejar quanto a atuação e personificação dos originais, e o final inusitado deste romance de Süskind é melhor descrito no livro, vale muito a pena - mesmo que você já tenha assistido ao filme.
Trailer retirado do Youtube:
Para mais informações a respeito do elenco e produção, acesse o Adoro Cinema.
Eu li o livro na escola e o li de novo na graduação, as duas vezes o achei demais, mas do que palavras e imagens, eu lembro de cheiros e sensações. Ainda não assisti o filme mas estou muito curiosa, porém fico com medo de perder esses cheiros e sensações da história e ficar só com imagens e sons. Bacana a tua “resenha”. Abraços!
ResponderExcluireu ja li o livro, é muito interessante, e a primeira parte chega a ser comica, so o final que meio macabro, ou a melhor palavra pra descrever seria estranho? não sei. mas que vale a pena ler, isso vale.
ResponderExcluiro mesmo se aplica ao filme, que tem uma fotografia incrivel, e se torne lindo de assistir por isso, nos deixa babando, e ainda oferece uma boa perspectiva dos sentimentos e sensações em questão.
ja essa tara dele realmente é um tanto rescêntrica, mas completamente compreencível, pois as ruivas possuem uma beleza exotica e antagonica tambem, pois ao mesmo tempo que são angelicais tambem aparentam uma essencia selvagem, e principalmente para alguem como ele são muito atraentes, afinal, dizem que elas possuem um perfume natural muito suave e doce.