quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios


Devo confessar minha ignorância literária: que eu me lembre, não me lembro de ter lido já alguma obra de Marçal Aquino. Mas sei que esse título é absurdamente conhecido, e perguntei a minha irmã se ela já não tinha lido e feito algum texto ou vídeo. Aí veio a luz: os diretores Beto Brant e Renato Ciasca filmaram uma película inspirada nessa obra, lançada em 2012. Enfim, recordei porque era familiar... Com uma "ajudinha", claro.

Não, não assisti ao filme, mas se eu pudesse resumir em duas palavras, seriam amor e tragédia, farejadas já nas primeiras páginas.


(...) a natureza do amor, de não nos permitir escolher por quem nos apaixonamos, é uma rota que pode conduzir à ruína.

Porque nenhuma vida está completa sem um grande desastre (...)


Embora a narrativa não se dê de forma linear, não é um livro considerado de difícil leitura. Bem, se eu não fosse interrompida pelo sono da madrugada, teria lido de uma só vez. A escrita é bem fluida e interessante, nos prende pela curiosidade. Qual será o destino de Cauby, Lavínia e os demais destinos e passado dos personagens?

(...) a vida da maioria das pessoas é medíocre, o que não as impede de enxergar tudo numa perspectiva heroica. Suportamos a existência tentando converter o banal em épico.


Talvez o épico seja apenas o banal, o medíocre sob outra perspectiva. Mas nem por isso, menos comovente - aos que ainda têm alguma empatia, claro.

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