domingo, 29 de dezembro de 2013

O país das Montanhas Azuis

Antes de comentários sobre o livro do título do texto, de Helena Petrovna Blavatsky, anuncio a gambiarra que fiz: em vez de colocar o livro "A cura pelo som" como sendo de outubro, passei pra novembro (já tá uma bagunça mesmo).

De repente abri esse livro (que está digitalizado), que não é bem uma grande obra da literatura mundial, e movida pela curiosidade comecei a ler. Quando vi, já tinha terminado. E aí por que não aproveitar no blog, não é mesmo? Já que 2013 foi um ano de ressacas (segundo disse a Thays), e não somente literárias...

Para quem nunca ouviu falar nessa autora, ela é (melhor, foi) de origem russa, filha de um moço de "patente alta, dá aula, bigode grosso" filha do coronel Hahn e Helena Fadeef, princesa da família Dougorouki. Era da alta sociedade da época, século XIX.
Blavatsky fez várias viagens a lugares considerados "espirituais", assim como a maioria dos nobres de sua época. É fundadora da Sociedade Teosófica, uma espécie de grupo que estuda ocultismo, essas "cheirações de cola", como diria minha querida irmã.

O país das Montanhas Azuis é a Índia, mais especificamente uma região de lá - que não sei se existe ainda. Nessas "montanhas azuis" existem (ou existiam) alguns povos que foram totalmente desconhecidos pelos invasores ingleses durante um bom tempo, durante a "colonização". São descrições muito bizarras, costumes e seres que parecem terem saído de um livro de R. R. Martin ou Tolkien.

Eu iria achar que foi invenção, se a própria autora não citasse outras fontes. Bem, ainda tenho lá minhas dúvidas, né, porque não consegui localizar nenhuma das cidades que ela cita no mapa do Google (haha). Talvez os nomes das cidades tenham mudado de mil oitocentos e bolinha pra cá, o que também é provável. Pelo menos existe, de fato, a Sociedade Teosófica lá (essa eu achei!).

É interessante, apesar de mais parecer um tratado de antropologia, história ou algo dessa área para curiosos ou leigos. Se dá para acreditar nos "poderes psíquicos" e esquisitices "religiosas" desses povos, aí é outra história. Quem estuda a Índia védica talvez não ache tão estranho assim (porque as histórias e lendas dessa época são bem... Como eu diria? Diferentes também).



Em resposta a todas estas perguntas se, contra tudo o que o mundo esperava, o inglês fosse tomado por um acesso de franqueza (fenômeno bastante raro entre os ingleses) os sábios e os viajantes russos caluniados poderiam ouvir a seguinte confissão, completamente inesperada:
- Ai! Ignoramos tudo dessas tribos. Só conhecemos sua existência porque as encontramos, lutamos com elas e as esmagamos e amiúde enforcamos seus membros. Por outra parte, não temos a menor idéia sobre a origem, tampouco sobre a língua desses selvagens e ainda menos dos nilguirianos.


(Leve impressão de que os russos não curtem muito os ingleses...)


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