Aqui me apresento com a
expressão não codificada,
roupas neutras e o
olhar em você.
Nenhuma mensagem sendo
transmitida gratuitamente,
pois qualquer marca em destaque se transformaria em caricatura.
Opto por ser
tábula rasa:
ser tudo em potência
e nada de fato.
Misturar-me,
fundir-me,
desaparecer.
Fazer de minha ausência
um aprendizado sobre o Outro
e descobertas de mim
mesma.
A materialidade do
existir é só um dos pontos
e é pesado
sustentá-la.
O “estar disposta”
também tem seus méritos
quando as escolhas vão
além do arremedo.
Só assim o Nada –
cláusula pétrea da existência - ganha sentido
(vários sentidos).
Sigo, portanto, sem
prestar, publicamente, contas do que sou
porque Ser não tem
justificativa
e é preciso estar
preparada para o aleatório.
Nenhum comentário:
Postar um comentário