Livros da minha adolescência - parte 8

Provavelmente muitos conhecem esse livro por nome e fama (de chato), mais do que pela leitura: Inocência, de Visconde de Taunay.

Realmente, quando o li, na 8ª série (atual 9ª), tive que me armar de muita coragem para enfrentar os primeiros capítulos e ir até o fim. Com 13 anos acho muito difícil uma pessoa apreciar a leitura de Inocência (foi a mesma professora que passou pra pirralhada de 11, 12 anos, O Cão dos Baskervilles - leitura também não apreciada pelo público dessa faixa etária).

Os primeiros capítulos são, realmente, muito maçantes - mesmo depois de adquirir uma certa maturidade literária. Eles descrevem minuciosamente cada detalhe da viagem de Cirino, o caixeiro-viajante. De certa forma retrata bem a morosidade das viagens daquela época, que se passa na província de Mato Grosso - região que é hoje o Mato Grosso do Sul.

Alfredo d'Escragnolle Taunay, primeiro e único Visconde de Taunay. A sacanagem é que ele foi condecorado Visconde no mesmo ano em que a República foi proclamada.

Bem, se você conseguir vencer o tédio dos primeiros capítulos (não menos interessantes), com certeza irá se deliciar com uma história bonita e trágica de uma moça tímida e caipira e de um forasteiro. Essa obra referência de Taunay é de tranquila leitura, com a linguagem bem simplória. Vale a pena desbravá-la.

Cena do filme Inocência, baseado no livro de Taunay.

No meio da leitura assisti ao filme (na escola), que não deixa muito a desejar; porque imaginar como são os personagens e cenário é bem melhor, na minha opinião. Mas é uma opção para quem não tem paciência para ler.

Para quem quiser saber mais sobre o filme e gostaria de uma análise mais voltada ao vestibular (não sei se esse livro ainda cai em algumas provas), clique em Orfeu Spam Apostilas.