Livros da minha adolescência - parte 5

Essa postagem vai ser um pouco diferente das outras, onde comento somente sobre um livro.

Obras infanto-juvenis (preguiça de verificar se o uso desse hífen está correto pela nova ortografia) em forma de diário são comuns e bem aceitas entre o público.

Esse estilo costuma aproximar bastante os leitores e "rola" uma identificação com o personagem bem grande. Não que outras narrativas sejam ruins ou não atingem o propósito, mas quando eu era "aborrescente" gostava mais dos diários. Até porque a linguagem é mais descontraída e mais próxima da nossa realidade, com gírias etc.

A hora do amor (Álvaro Cardoso Gomes) não faz parte dos "diários" e tampouco usa uma linguagem atualizada. É a história de Beto (ainda hoje me recordo dos nomes das personagens de muitos livros!) e se passa na década de 60. Apesar de ter sido um livro recomendado pela mesma professora do Cão dos Baskervilles, esse eu li inteiro e não colei na prova.

Depois de termos lido A hora do amor, as gurias da sala surgiram com um outro livro que diziam ser o complemento deste....

... Que era O diário de Lúcia Helena do mesmo autor. Agora sim! É a mesma história do livro anterior, mas sob a visão da guria que o Beto gostava. É bem interessante o que o autor propõe: mesmos fatos mas sob a visão ora do feminino, ora do masculino e o impacto que tem nas impressões e vidas de cada um.

O diário de Biloca de Edson Gabriel Garcia foi um livro que eu adorei e devorei em pouco tempo. Só me lembro que fiquei um pouquinho decepcionada quando, mais pro final do livro, ela coloca uma ficha sobre ela com uma foto 3x4. Acabou um pouco com minha imaginação, pois até então, pra mim, ela era diferente do retrato. Mas enfim... Ainda me recordo da Biloca ser "uma menina nem bonita nem feia" e de um poeminha lá: "Biloca boboca nariz de...."

Alguém se lembra de como termina?