segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Alice no país das maravilhas

Obra famosa do britânico Charles L. Dodgson, mais conhecido mundialmente como Lewis Carroll.
"Alice no país das maravilhas" foi uma história criada a partir de um passeio de barco com a então menina de 10 anos, Alice Liddell e suas irmãzinhas. O começo da obra leva um poema de Lewis (vamos chamá-lo assim) em homenagem ao inesquecível passeio e menciona o pedido das amiguinhas por uma história sem pé e sem cabeça.

Bem, o objetivo por inventar uma história non sense foi bem sucedida, digamos assim - embora as personagens vivessem em um mesmo reino, sob comando de uma rainha mandona e com mania de cortar a cabeça de todos.
Mas cada um possui suas peculiaridades e até podemos reconhecer na personalidade dos personagens adjetivos que encontramos por aí, nas pessoas comuns e no nosso próprio "reino".

Senti, embora tenha sido um conto originalmente para criancinhas, uma certa crítica ou talvez insatisfação com o comportamento humano. E talvez por isso esta obra seja muito polêmica, pois Lewis possuía um fascínio especial pelas crianças. Pelas meninas.

Já vi há muito tempo em fóruns do falecido Orkut a respeito dos gostos pessoais do autor. E sim, ele fotografava e desenhava meninas nuas ou seminuas, em poses consideradas sensuais (com a autorização dos pais das crianças, dizem) e mantinha correspondências com elas até (imagino que nem todas). E aí vinha toda aquela discussão sobre pedofilia, alusão às drogas alucinógenas etc.

Particularmente não vi nenhuma maldade do tipo nesta história ou alguma mensagem subliminar. Só que segundo nossa querida Wikipedia, alguns sentidos para nós latinos e modernos, principalmente, podem ter sido perdidos, já que "Alice no país das maravilhas" possui muitas referências da época, piadas que só o pessoal local entendia e jogos de palavras. Quando se traduz, com certeza muita coisa da essência se perde. E também devemos lembrar que o humor inglês não é lá famoso por ser o mais engraçado por nós.

Mesmo consciente de ter perdido o real significado de algumas coisas, a história não deixa de  ser interessante e fluente. Mas seria muito mais interessante se eu fosse uma expert em língua inglesa - coisa que infelizmente não sou.

Ilustração original de John Tenniel, o Gato de Cheshire (até hoje não sei como se pronuncia isso...)

4 comentários:

  1. Se o que o Wikipedia fala procede, seria interessante, então,uma edição com um milhão de notas de rodapé explicando, não é ?

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  2. Sim! Mas por ser um livro "infantil", não sei se existe...

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  3. Que façam uma edição "adulta", oras!

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  4. Ui!!! NERVUDA! Pede pra alguma editora :x

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