Descobri, através da Juliana de “O batom de Clarice”, um seriado que passou na TV Cultura em 2011 chamado “Tudo o que é sólido pode derreter”.
Apesar do alerta sobre ser “teen” demais, depois que assisti ao primeiro episódio não consegui parar mais. Sim, o universo explorado é o adolescente, mas diferente dos clichês que vemos por aí.
Segundo o site, a série “narra o cotidiano adolescente de Thereza, uma garota de 15 anos que precisa estudar literatura para a escola, mas como todo adolescente, passa por uma fase de crise em sua vida. Thereza descobre nos livros um caminho para seu universo particular, já que eles trazem algumas respostas (ou mais dúvidas) à garota e ajudam-na a lidar com seus medos e alegrias, a amadurecer, refletir e sonhar. A cada capítulo uma nova obra, um novo desafio, uma nova descoberta. Machado de Assis, Gil Vicente, José de Alencar, Fernando Pessoa... O caminho da literatura que se entrelaça com esse momento tão delicado da vida.”
Confesso que a primeiro momento fui assisti-lo por causa da atriz principal, já que eu havia gostado de sua performance como um personagem secundário no seriado “Queridos Amigos”, porém a retratação do processo de absorção, ressignificação e apego às obras literárias nesse período da vida fez com que eu me lembrasse de certa fase minha, principalmente quando, por coincidência, no último episódio, uma das locações foi justamente a biblioteca do Centro Cultural São Paulo - “cenário” que participou justamente dessa minha fase há 11 anos!
Centro Cultural São Paulo no seriado. Meu cantinho de leitura e descobertas literárias em 2001.
Mas voltando à série: a escolha por apresentar a visão subjetiva de Thereza enriqueceu-se ainda mais com a relação imaginária com seu tio, gerando belas cenas durante a temporada, assim como o episódio “Ismália”.
Destaco também a trilha sonora do seriado.
Soube que será realizada a 2ª temporada dessa série. Que venham mais!
Por enquanto quem quiser assisti-la há várias opções: assistir na TV Cultura aos sábados às 13h, comprando o box de DVD's ou ver no Youtube.
Confesso que assisti no Youtube, mas acho que vale a pena comprar os DVD's para prestigiar iniciativas do tipo e mostrar que “Malhação” não é a forma mais inteligente de representar os jovens brasileiros.
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