Caim, de Saramago

Olá, leitores (assíduos ou acidentais). ALGUÉM subverteu as postagens aqui no blog! O livro do mês de julho, já com post programado seria "O verão de Katya". Aí a dona zé mané foi lá no gadget "livro do mês" e em vez de colocar o nome do livro que já há MESES (cof) estava pronto, colocou Caim ¬¬''

Agora terei que adiantar o livro que seria de setembro. Mas enfim, QUE ISSO NÃO SE REPITA!

Caim foi o primeiro livro de Saramago que li até o final. Confesso que tentei ler "O evangelho segundo Jesus Cristo", mas a encadernação me irritou e o abandonei nas primeiras páginas. Mas "fui que fui" em Caim.

Na verdade, minha irmã (a zé mané!) começou a ler primeiro, e lia umas partes em voz alta. Me interessei, mas com a rotina e outras coisas a se fazer, acabei me esquecendo até que resolvi desencalhar um pouco a fila de "livros para ler antes de morrer" (vai que não dá tempo, já ando mais pra lá do que pra cá!).

Bom, José Saramago dispensa apresentações, mas para quem não conhece ou não ouviu falar, ele era ateu e teve desentendimentos com a igreja católica lá em Portugal - justamente por conta do conteúdo "herético" de alguns de seus livros.

Saramago nos coloca a história da gênese bíblica sob um outro viés, e a personagem Caim (pouco mencionada e posteriormente esquecida pela bíblia) como protagonista de uma... Digamos, uma aventura que envolve outras passagens da história judaica.

Confesso que ri bastante em alguns trechos, e que não só o Caim, mas também "Deus" e outros participantes da gênese ficaram bem mais interessantes, inteligentes, persuasivos etc. O final foi meio "que?", pois não esperava um fechamento tão bizarro, contrário àquilo que estamos acostumados, catequizados a acreditar desde a infância.

Tenho a leve impressão de que um religioso fanático, mesmo que não seja católico, não irá apreciar a leitura, pois é desafiadora. Quanto a mim, já devem percebido que adorei...