quinta-feira, 10 de junho de 2010

Para as amizades perdidas

Meu querido,
Não se assuste se por acaso um turbilhão de afeto chegar até você...
A indiferença é tão cotidiana que agora o pouco que te ofereço te faz correr.

Eu não quero seu coração,
Só quero um pouco de sua alma -
não como um troféu,
mas como alimento.

Na sua polidez diplomática e discrição
que me inclinam a saber e querer mais,
ou no seu excesso de palavras e confissões
que me sufocam de humanidade,
eu me aproximo para receber a certeza e o prazer sádico de que não sou a única a me debater na e pela vida.

A auto-tradução em palavras nos explica e nos resume muito mal,
mas, no fundo, o balanço geral das nossas vidas não é tão negativo quanto deixo transparecer.
São as aproximações que me dão a certeza disso,
então não se afaste...
venha falar novamente sobre os assuntos que ao mesmo tempo nos desnudam e nos encobrem.

Um comentário:

  1. Será que nossos ex-amigos tem pelo menos a curiosidade em ler nossos apelos, ou nem pensam mais em nós?...

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